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BC projeta crescimento da economia de 1,8% em 2020

Para este ano, o BC elevou sua expectativa de 0,8% para 0,9%. Entre os componentes do PIB para 2019, o BC alterou de +1,1% para +1,8% a projeção para a agropecuária

Em meio ao processo ainda lento de retomada da economia, o Banco Central (BC) elevou sua expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019, de 0,8% para 0,9%.

O novo porcentual consta no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado na manhã desta quinta-feira (26/9).

"O resultado melhor que o esperado para o PIB do segundo trimestre de 2019 favoreceu o carregamento estatístico para o ano corrente, contribuindo para a elevação da estimativa de crescimento anual", explica o BC, no documento.

Entre os componentes do PIB para 2019, o BC alterou de +1,1% para +1,8% a projeção para a agropecuária. No caso da indústria, a estimativa passou de +0,2% para +0,1% e, para o setor de serviços, foi mantida em +1,0%. Do lado da demanda, o BC aumentou a estimativa de crescimento do consumo das famílias, de +1,4% para +1,6%.

No caso do consumo do governo, o porcentual projetado foi de +0,3% para -0,3%. O documento agora divulgado indica ainda que a projeção de 2019 para a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) - indicador que mede o volume de investimento produtivo na economia - foi de +2,9% para +2,6%.

BALANÇO DE PAGAMENTOS

O Banco Central também atualizou no RTI, suas projeções para o balanço de pagamentos em 2019. A projeção para o déficit em transações correntes do País passou de US$ 19,3 bilhões para US$ 36,3 bilhões.

A estimativa anterior constou no RTI de junho. Já a projeção para o Investimento Direto no País (IDP) em 2019 foi de US$ 90,0 bilhões para US$ 75 bilhões. Essas novas projeções já foram feitas após as mudanças estatísticas implementadas recentemente pelo BC nos dados do setor externo.

Como informado na última segunda-feira, 23, a instituição fez uma ampla revisão que teve como consequência a alteração de estatísticas desde 2015. Um dos efeitos práticos da revisão é que o déficit nas contas externas aumentou nos últimos anos, enquanto o IDP diminuiu.

Conforme o RTI publicado nesta quinta, a estimativa para o investimento de estrangeiros em ações de empresas brasileiras - incluindo papéis negociados no País e no exterior - foi mantida em zero.

No caso dos títulos de renda fixa negociados no País, a projeção foi de saldo positivo de US$ 15,0 bilhões para US$ 12 bilhões. O BC informou ainda que sua estimativa para a taxa de rolagem de compromissos no exterior em 2019 passou de 85,0% para 100%.