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Zona de conforto: um lugar desconfortável para quem deseja crescer

Para crescer na carreira e alcançar novos objetivos, precisamos de um estado de relativa ansiedade, um espaço onde nossos níveis de estresse ficam ligeiramente acima do normal e, por conta disso, nossa energia e disposição para mudança se manifestam

Para crescer na carreira e alcançar novos objetivos, precisamos de um estado de relativa ansiedade, um espaço onde nossos níveis de estresse ficam ligeiramente acima do normal e, por conta disso, nossa energia e disposição para mudança se manifestam. Tanto a criatividade, quanto a inovação e a capacidade de solucionar problemas, surgem desse lugar de desconforto. É por esse motivo que um ambiente de rotina, sem desafios, não é o ideal para crescer profissionalmente.

A segurança com o modelo conhecido é a principal âncora profissional que nos coloca nessa zona de estagnação. Esse lugar faz com que todas as mudanças sejam vistas com certo medo pela maioria das pessoas. Infelizmente, existem profissionais que preferem o mal que já conhecem do que os riscos que podem correr ao buscar algo novo. E é por isso que a capacidade de assumir riscos é também o motor que nos impulsiona em busca de melhores oportunidades na vida profissional.

Sair da zona de conforto implica, em primeiro lugar, identificar esse lugar de comodidade. Existe uma diferença entre estar acomodado na carreira e desfrutar as conquistas alcançadas. Após uma promoção, mudança de emprego, entrega de um grande projeto, existe uma fase de adaptação, quase como um período de estabilização para o próximo salto. Cada profissional leva um tempo para recarregar as energias e, portanto, a maneira mais fácil de distinguir não é o tempo desde a última conquista, mais sim os desafios que estão sendo encontrados e superados dia após dia.

O primeiro sinal de uma zona de conforto é a rotina. É estar diante de processos conhecidos, facilmente superados, entregas medianas dentro do prazo, sem desafio e sem sabor de vitória. Após alguns meses nessa inércia, o profissional perde a vontade e o estímulo de ir trabalhar. São profissionais que depois de um tempo começam a reclamar, se vitimizam quando algo dá errado e colocam em fatores externos a “culpa” por algum resultado não alcançado. Quando se está na zona de conforto, a falta de desafios faz com que a pessoa perca o interesse em realizar, concluir, concretizar e, esse baixo engajamento e energia, o colocam em um estado de entregar o mínimo possível.

Para os que acham que estabilidade é confortável, acho que ficou claro que a falta de engajamento e brilho nos olhos é capaz de desmotivar até o melhor dos profissionais. Portanto, ao perceber que se está entrando nesse estado letárgico, é fundamental o próprio profissional provocar um ligeiro desconforto em si mesmo. É importante se colocar em movimento, independentemente de alguém estar percebendo seu descontentamento ou não.

Procurar cursos de atualização, se envolver em novos projetos dentro da empresa, ainda que sejam fora de sua área de atuação, realizar atividades diferentes na vida pessoal e profissional são algumas dicas. Manter o networking ativo com pessoas da sua e de outras áreas, sair pra tomar um café com profissionais que estudam outras formas de fazer o que você faz, também é um excelente caminho, uma vez que esses relacionamentos darão indícios do que outras pessoas e empresas estão fazendo para se atualizar.

A primeira emoção que precisa ser superada é o medo e a vergonha para o erro. O risco é indispensável no processo de dar o próximo passo. É claro que é possível minimizar os riscos de uma decisão ruim. Isso se faz com planejamento e ações responsáveis, mas ninguém é capaz de crescer sem sair do lugar e sem errar algumas vezes.

Outra maneira de sair da zona de conforto é expandi-la gradativamente. Aqui na Trend Recruitment, somos desafiados a entregar o melhor enquanto profissionais e empresa e, para tanto, não só temos o impulso necessário para propor inovações como também somos uma equipe que acolhe novas ideias, diversificação e diversidade. Essa flexibilidade para inovar, sabendo que seremos suportados pela equipe, cria um ambiente propício para romper – aos poucos e um passo de cada vez – a zona de conforto.

Mostrar essa energia por mudança, disposição para arriscar, confiança em seus planejamentos e próximos passos, assim como a maturidade para lidar com as consequências, são características comportamentais indispensáveis para crescer profissionalmente. Não é à toa que são encontradas apenas nos profissionais que estão dispostos a se desafiarem mais a cada dia.

Avalie sempre. Se há muito tempo sua carreira está quentinha e confortável, talvez seja a hora de se desafiar mais. Boa zona de desconforto para nós!